Mais uma! Desta vez bem
acompanhado por Sandra Vieira e Audo Júnior. Destaque para o primeiro mochilão
da Sandra e pelo segundo mochilão do Audo, mesmo após ter tido suas coisas
furtadas e a viagem interrompida no seu primeiro mochilão que foi na América
Central, o relato encontra-se aqui.
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Río de La Plata |
Começamos pelo
Uruguai, fomos direto a Montevideu. Ficamos no Arriba hostel no bairro Pocitos,
um bairro muito tranquilo e bem localizado na grande Montevidéu. Nossa primeira
atividade foi caminhar por um longo trecho na Rambla e curtir o por do sol. A
Rambla é uma grande avenida na margem do Río de La Plata. O rio é tão largo que
não é possível ver a outra margem. Tudo isso acompanhado pela Sofia, que é
Uruguaia. Ela e sua família nos recepcionaram muito bem.
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Museu do Futebol |
Nos conhecemos em
outros mochilões pelo mundo. Ficamos dois dias em Montevidéu, caminhamos muito,
mas muito mesmo. Conhecemos diversos lugares. Fomos ao estádio centenário e no
museu do estádio que apesar de interessante não nos trouxe boas lembranças ao
rever réplica da taça da copa de 1950 conquistada pelo Uruguai em pleno o
Maracanã. Conhecemos a cidade velha, fomos ao teatro Solis, palácio Salvo,
praça matriz onde encontramos a casa de câmbio com a melhor cotação, caminhamos
pela Peatonal de Sarandí , fomos ao mercado do porto onde comemos uma excelente
parrillada, fomos ao museu oceanográfico e ao casino carrasco.
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Porto |
No verão,
Montevidéu fica praticamente deserto, ao ponto de encontrar até alguns
estabelecimentos fechados, neste período do ano é comum para os Uruguaios irem
para as casas de praia nos locais de maior calor e muita movimentação. Montevidéu
é uma cidade muito limpa, bem organizada, mas é uma cidade bastante cara, uma
cerveja de um litro, por exemplo, custa aproximadamente R$15,00.
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Teatro Solis |
Uma coisa que
nos chamou bastante a atenção foi um aplicativo para celular que diz exatamente
o horário que o transporte público vai passar naquele determinado ponto de
ônibus. Seguimos para Piriápolis, uma cidade pequena e agitada no verão, as
praias estavam lotadas mesmo não fazendo tanto calor e ventando muito. A cidade fica entre Montevidéu e Punta Del
Este. Subimos o Cerro San Antônio onde é possível ter uma bela vista de toda a
cidade e das praias. Desfrutamos novamente da famosa parrillada, que é muito
bem servido.
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Peatonal Sarandí |
Em Punta Del Este, ficamos na casa da Sofia, que nos acompanhou em
todos os momentos durante nossa passagem pelo Uruguai. Fomos ao famoso
monumento Los Dedos, que fica na playa brava e é o cartão postal da cidade.
Caminhamos bastante pelo centro de Punta Del Este que é muito agitado no verão.
Conhecemos o movimentado porto que tem vários restaurantes, pubs e barraca de
vendas de produtos do mar. Enquanto caminhávamos pelo porto fomos surpreendidos
por um leão-marinho que estava fazendo sua refeição, comendo uma lula.
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Estádio Centenário |
No
centro de Punta, fomos experimentar um Chivito, que é um enorme sanduíche,
típico do Uruguai, servido com batata frita. Fomos à Casapueblo, que é a antiga
casa do artista uruguaio Carlos Paéz, era a casa onde ele costumava passar o
verão e hoje o local é um hotel, tem um museu e uma galeria de arte. Fica
localizado em Punta Ballena. De Punta Del Este retornamos a Montevidéu e
seguimos para Buenos Aires pela Colônia Express.
A passagem incluía um ônibus
de Montevidéu para Colônia Del Sacramento e o barco de Colônia para Buenos
Aires.
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Réplica da taça de 1950 |
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Museu Oceanográfico |
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Koreano |
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Cerro San Antônio |
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Los Dedos |
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Audo, Flávio, Sandra, Nicole, Florência, Sofia e Julian |
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Casapueblo |
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Punta Ballena |
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Chivito |
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Casa Rosada |
Em Buenos Aires ficamos no hostel América Del Sur, bem localizado no
centro de Buenos Aires, no bairro San Telmo, possibilitando caminhar por
algumas quadras e encontrar algumas das melhores atrações da cidade. Presenciamos
um roubo no hostel, onde um indivíduo armado entrou no hostel, seguiu até o
lobby onde uma Polonesa estava com seu iPad checando seus e-mails, mostrou a
arma tomou o iPad e saiu correndo.
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Catedral |
Foi uma situação desagradável, mas isso não
tirou o conforto, atenção e o ambiente familiar que as pessoas e o hostel nos
proporcionaram. Fomos muito bem recepcionados e acolhidos pelos funcionários do
hostel, quartos impecáveis e um café da manhã excelente. Infelizmente, estas
situações estão sujeitas a acontecer em qualquer parte do mundo.
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Puente de La Mujer |
Caminhamos
bastante pelo centro de Buenos Aires, fomos na Praça 25 de Maio, conhecemos a
Casa Rosada, a Catedral, fomos no Obelisco e na minha opinião, o melhor lugar
de todos: Zoo Lujan. Neste lugar podemos entrar na jaula de diversos animais,
passar a mão e fotografar, sempre acompanhado pelos zeladores, claro.
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La Bombonera |
Eu já
conhecia o Zoológico pela internet e através de amigos que já visitaram, eu
sempre tive vontade de conhecer. Como foi muito corrido, só deu tempo de entrar
na jaula do tigre. Uma experiência fantástica. Fomos ao Puerto Madero e fomos
almoçar outra parrillada, desta vez Argentina. Caminhando pelo porto, fomos até
a fragata do Presidente Sarmiento, que hoje é um museu, fomos até a Puente de
La Mujer e depois seguimos para o Caminito.
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Caminito |
Assistimos uma aula de tango ao ar
livre e seguimos para conhecer o estádio do Boca Juniors, La Bombonera, que
infelizmente estava fechado para visitas. Depois de tudo isso, seguimos para El
Calafate para realmente começar a expedição Fin Del Mundo. Ficamos também no
América Del Sur, da mesma rede do hostel de Buenos Aires. Foi impressionante o
tratamento do pessoal do hostel, nos auxiliaram praticamente em tudo, em todos
os passeios, caminhadas, deslocamentos e etc.
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Perito Moreno |
A primeira atração foi o Parque
Nacional Los Glaciares com o belíssimo Perito Moreno. Do mirador central é
possível ver a como o glaciar é imenso, um paredão de gelo de aproximadamente
60 metros de altura. Pegamos um catamarã e fomos até uma trilha que nos levou
ao topo da geleira, o famoso passeio do Big Ice. Caminhamos pelo glaciar durante
quase quatro horas utilizando os grampones.
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Perito Moreno |
Muito frio, muito vento e um pouco
de chuva lá em cima. Experiência única. No dia seguinte, partimos para El
Chalten. Ficamos no hostel Aylen-Aike, do simpático, divertido e muito
atencioso Sebastian. Ele nos orientou sobre todas as trilhas da cidade, fizemos
duas. A primeira foi a Laguna de Los Três, aproximadamente nove horas ida e
volta.
O bom é que às 22 horas ainda era dia lá. Caminhamos aproximadamente
30km no primeiro dia de trilha com grau de dificuldade médio/difícil. Durante a
trilha fomos contemplando a beleza da Patagônia Argentina, nossa primeira
atração foi o glaciar Piedras Blancas. Os últimos 800 metros da trilha são
praticamente uma escalada nas rochas da montanha, tivemos alguns problemas
físicos, mas não desistimos e chagamos aos pés do Fitz Roy, na Laguna de Los
Três, a Laguna é formada pela água do gelo derretida dos cerros.
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El Chalten |
Uns 200 metros
ao lado estava a Laguna Sucia, vimos apenas do alto do cerro. No retorno a El
Chalten ainda passamos pela Laguna Capri. No dia seguinte, mesmo bastante
cansados ainda fomos conhecer a Laguna Torre, mais 22km, aproximadamente 7
horas de caminhada. Essa foi para fechar com chave de ouro. O bom é que em El
Chalten não precisa pagar para entrar no parque.
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Laguna de Los Três |
Retornamos para El Calafate
onde ficamos mais uma noite, fomos ao Glaciobar Branca, um bar de gelo com a
temperatura ambiente a -6 graus Celsius. O tempo de permanência no bar é de 25
minutos e durante esse período é open bar, pode beber de tudo que conseguir
enquanto estiver lá dentro. As bebidas são servidas em copos de gelo, muito
interessante.
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Zoo de Lujan |
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Perito Moreno |
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Perito Moreno |
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Perito Moreno |
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Perito Moreno |
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Piedras Blancas |
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Laguna de Los Três |
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Fitz Roy |
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Laguna Sucia |
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Fitz Roy |
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Laguna Capri |
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Cerro Torre |
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Laguna Torre |
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Glaciobar |
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Perito Moreno |
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Perito Moreno |
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Perito Moreno |
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Glaciobar |
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Obelisco |
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Parque Nacional Torres del Paine |
No dia seguinte partimos para Puerto Natales, no Chile. Ficamos
no hostel El Patagônico e fomos recepcionados por Andrés e Mônica, os
proprietários do hostel. O objetivo no Chile era ir ao Parque Nacional Torres
Del Paine fazer o Circuito W, mas não estávamos aptos. Mesmo mal fisicamente
devido ao esforço físico dos dias anteriores, ainda tentamos fazer a trilha até
a Base de Las Torres, mas voltamos da metade do caminho devido as dores
musculares e ao tempo que não daria para retornar para Puerto Natales.
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Salto Grande |
Então decidimos
apenas fazer um passeio chamado Full Day no parque. Passamos pelo Lago
Sarmiento, Laguna Amarga, Salto Grande, Lago Pehoé e Lago Gray. Ficamos apenas
uma noite no hostel El Patagônico, no dia seguinte tivemos que ir para o hostel
Nancy. Não gostamos muito deste hostel. Tinha horário para cozinhar e quando
chagávamos na cozinha a senhora do hostel escondia as panelas, talheres e nos
informava que se a gente quisesse cozinhar, era para utilizar nossos
utensílios. Nunca vi isto num hostel.
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Lago Pehoé |
A sorte é que eu tinha tudo na minha
mochila. Mesmo ficando em outro hostel, o Andrés e a Mônica nos auxiliaram em
tudo. Nos acolheram de uma forma impressionante. Depois que deixamos o hostel
El Patagônico nem a senha da porta eles cancelaram. Disseram que se precisasse
de algo, éramos muito bem vindos. Estávamos indo ao hostel Nancy somente para
dormir mesmo. Com os dias que ganhamos por não fazer o Circuito W, partimos
para Ushuaia.
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Lago Pehoé |
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Lago Grey |
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Trilha para Base de Las Torres |
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Parque Nacional Torres del Paine |
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Bahía de Ushuaia |
A cidade estava lotada, não havia hostel, hotel e nem camping.
Tudo cheio. No verão chegam muitos cruzeiros em Ushuaia, e isso faz com que todos os hotéis fiquem lotados. Caminhamos por um bom tempo no centro gelado da cidade, muito
vento e muito frio, na porta dos hostels
já era possível ler: “Completo ou Full”. Dormir no banco da praça naquele frio
ia ser complicado.
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Isla de Los Leones |
Mas com muita insistência, encontramos o hostel de La Laguna
e fomos recepcionados pela Korina. Por sorte, só havia uma habitação livre, mas
somente por uma noite. No dia seguinte fomos para outro hostel que também se
chamava Nancy e também não era muito agradável. Mas a Korina nos garantiu que
poderíamos voltar no dia seguinte, ela só precisava fazer um remanejamento de
camas para nos acomodar.
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Pinguinera |
Dormimos uma noite no Nancy e no dia seguinte
regressamos para o hostel de La Laguna. Só quando resolvemos a situação da
acomodação que fomos pensar no que fazer na cidade. Conseguimos pegar um
catamarã e ir conhecer a ilha dos pássaros, ilha dos lobos marinhos, o farol e
a pinguinera. Subimos o cerro Martial, estava com bastante neve. Ushuaia não
foi bem aproveitada devido a instensa procura de um lugar pra ficar, ficamos
três dias trocando de hostel e isso atrapalhou a programação.
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Ushuaia |
Mas caminhamos
muito no centro de Ushuaia, no porto e nos mercados. Comemos a última
parrillada da viagem e compramos algumas coisas nas lojas de souvenir e
chocolates. E na volta para casa, nosso vôo atrasou, e perdemos a conexão de
Buenos Aires para Guarulhos, ficou para o dia seguinte. A Lan Airlines se
prontificou e providenciou tudo para nós três e mais um casal de Joinvile, o
animado Sr. Aranda e a Sra. Terezinha. Essa última noite em Buenos Aires,
apenas desfrutamos uma Quilmes, para no dia seguinte regressar pra casa.
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Marco 0 da Ruta 3 |