sábado, 24 de setembro de 2011

Gruta Jabuticabeira


Entrada
Saída


Era pra ser uma simples exploração, mas como foi um dia maravilhoso, merece ser postado. Mais uma atividade proposta pelo Grupo de Caminhada Brasília – DF (http://caminhadadf.blogspot.com), por Maria Clara, Léo, Márcia, Alessandro, Frederico (guia) e eu. 

Saímos de Brasília-DF por volta de 06h30min em direção ao distrito de Bezerra-GO, passando por Formosa-GO, rumo a Gruta Jabuticabeira. Fizemos o acesso através da Mineradora Santana que fica próximo a entrada da gruta. Iniciamos a exploração em grande estilo, várias fotos na entrada, água apenas na canela, na maior tranquilidade. Observamos as diversas formações rochosas, estalactites, estalagmites e as fendas enormes dentro da gruta. 
O objetivo era caminhar acompanhando o sentido da água que era constante, tão constante que chegamos num local que só poderíamos passar nadando, não encontramos o fundo da piscina natural. Fizemos embalagens especiais, ensacamos celulares, documentos e outros objetos que não poderiam ser molhados. Ensacamos as câmeras também, por isso fizemos poucas fotografias no interior da gruta. 
No caminho só havia espaço para colocar a cabeça com a lanterna para fora. Após atravessarmos, seguimos caminhando entre a água e as pedras. Os morcegos estavam agitados e sobrevoavam próximos, incomodados com a claridade das lanternas. Chegamos ao segundo poço, além dos morcegos que estavam agitados, encontramos uma cobra, quieta e enrolada. 
Foi um momento de aflição, pois ela estava num caminho alternativo que talvez evitasse passar dentro da água novamente. Mas como ela chegou lá primeiro, ela ficou tranquila no lugar dela e fomos novamente nadar, passando pelo outro lado da rocha que dividia o caminho que estava a cobra e o lugar que tínhamos que nadar. Esse caminho nadando foi mais extenso, fizemos algumas paradas nos segurando no teto para respirar e descansar, tinha vários troncos dentro da água, tivemos que desviar e passar por lugares bem apertados mas chegamos do outro lado e continuamos em frente. 
Fizemos algumas paradas para descansar. Depois da cobra, o clima ficou tenso, mesmo assim seguimos em frente em busca da luz no fim do túnel. Já na expectativa de encontrar o final da gruta, nos deparamos com mais um poço e tivemos que nadar novamente. Caminhamos, rastejamos e nadamos muito, após toda essa adrenalina, encontramos a saída através da claridade espelhada na rocha. Nesse momento, vibramos muito, pois já estávamos no interior da gruta a quase 03h00min. 
Mas faltou um detalhe, para sairmos da gruta, ainda tínhamos que saltar de uma altura aproximadamente 07 metros. Não havia outra forma para sair, só se voltássemos, mas depois da cobra essa idéia ficou fora de cogitação. Enquanto estávamos decidindo quem pularia primeiro, a Márcia saltou e já fez o reconhecimento das outras áreas do poço para saltarmos também. Em seguida saltaram o Alessandro e a Clarinha, depois eu, Léo e Fred. 
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Refizemos a trilha externa para retornar a mineradora e encontramos a Gruta das Andorinhas, fizemos uma breve exploração e voltamos. A exploração completa ficará para outra oportunidade. Apesar do sol forte e do clima seco, o retorno foi tranquilo. Visitamos também a cachoeira do Santana, 5km depois da mineradora, tomamos descansamos e fomos embora. Foi uma excelente exploração, as mulheres mais uma vez, demonstraram o espírito aventureiro. 
O grupo estava excelente, sem divergências, unânime nas decisões e todos compreensivos facilitando a travessia. Mas devemos ressaltar alguns itens necessários para a segurança dentro da gruta: guia, capacete com lanterna a prova d’água e pilhas reservas, mochila impermeável, não atravessar em período chuvoso, colete para quem não souber nadar, roupas neoprene, cordas e outros equipamentos.     








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