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Saída |
Saímos de Brasília-DF por volta de 06h30min em direção ao distrito de
Bezerra-GO, passando por Formosa-GO, rumo a Gruta Jabuticabeira. Fizemos o
acesso através da Mineradora Santana que fica próximo a entrada da gruta.
Iniciamos a exploração em grande estilo, várias fotos na entrada, água apenas
na canela, na maior tranquilidade. Observamos as diversas formações rochosas, estalactites,
estalagmites e as fendas enormes dentro da gruta.
O objetivo era caminhar
acompanhando o sentido da água que era constante, tão constante que chegamos num
local que só poderíamos passar nadando, não encontramos o fundo da piscina
natural. Fizemos embalagens especiais, ensacamos celulares, documentos e outros
objetos que não poderiam ser molhados. Ensacamos as câmeras também, por isso
fizemos poucas fotografias no interior da gruta.
No caminho só havia espaço
para colocar a cabeça com a lanterna para fora. Após atravessarmos, seguimos
caminhando entre a água e as pedras. Os morcegos estavam agitados e sobrevoavam
próximos, incomodados com a claridade das lanternas. Chegamos ao segundo poço,
além dos morcegos que estavam agitados, encontramos uma cobra, quieta e
enrolada.
Foi um momento de aflição, pois ela estava num caminho alternativo
que talvez evitasse passar dentro da água novamente. Mas como ela chegou lá
primeiro, ela ficou tranquila no lugar dela e fomos novamente nadar, passando
pelo outro lado da rocha que dividia o caminho que estava a cobra e o lugar que
tínhamos que nadar. Esse caminho nadando foi mais extenso, fizemos algumas
paradas nos segurando no teto para respirar e descansar, tinha vários troncos
dentro da água, tivemos que desviar e passar por lugares bem apertados mas
chegamos do outro lado e continuamos em frente.
Fizemos algumas paradas para
descansar. Depois da cobra, o clima ficou tenso, mesmo assim seguimos em frente
em busca da luz no fim do túnel. Já na expectativa de encontrar o final da
gruta, nos deparamos com mais um poço e tivemos que nadar novamente. Caminhamos,
rastejamos e nadamos muito, após toda essa adrenalina, encontramos a saída através
da claridade espelhada na rocha. Nesse momento, vibramos muito, pois já
estávamos no interior da gruta a quase 03h00min.
Mas faltou um detalhe, para sairmos
da gruta, ainda tínhamos que saltar de uma altura aproximadamente 07 metros. Não
havia outra forma para sair, só se voltássemos, mas depois da cobra essa idéia ficou
fora de cogitação. Enquanto estávamos decidindo quem pularia primeiro, a Márcia
saltou e já fez o reconhecimento das outras áreas do poço para saltarmos
também. Em seguida saltaram o Alessandro e a Clarinha, depois eu, Léo e Fred.
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Refizemos a trilha externa para retornar a mineradora e encontramos a Gruta das
Andorinhas, fizemos uma breve exploração e voltamos. A exploração completa
ficará para outra oportunidade. Apesar do sol forte e do clima seco, o retorno
foi tranquilo. Visitamos também a cachoeira do Santana, 5km depois da mineradora, tomamos descansamos e fomos embora. Foi uma excelente exploração, as mulheres mais uma vez,
demonstraram o espírito aventureiro.
O grupo estava excelente, sem
divergências, unânime nas decisões e todos compreensivos facilitando a
travessia. Mas devemos ressaltar alguns itens necessários para a segurança
dentro da gruta: guia, capacete com lanterna a prova d’água e pilhas reservas,
mochila impermeável, não atravessar em período chuvoso, colete para quem não
souber nadar, roupas neoprene, cordas e outros equipamentos.