sábado, 15 de fevereiro de 2014

Expedição: FIN DEL MUNDO


Mais uma! Desta vez bem acompanhado por Sandra Vieira e Audo Júnior. Destaque para o primeiro mochilão da Sandra e pelo segundo mochilão do Audo, mesmo após ter tido suas coisas furtadas e a viagem interrompida no seu primeiro mochilão que foi na América Central, o relato encontra-se aqui.


Río de La Plata
Começamos pelo Uruguai, fomos direto a Montevideu. Ficamos no Arriba hostel no bairro Pocitos, um bairro muito tranquilo e bem localizado na grande Montevidéu. Nossa primeira atividade foi caminhar por um longo trecho na Rambla e curtir o por do sol. A Rambla é uma grande avenida na margem do Río de La Plata. O rio é tão largo que não é possível ver a outra margem. Tudo isso acompanhado pela Sofia, que é Uruguaia. Ela e sua família nos recepcionaram muito bem. 
Museu do Futebol
Nos conhecemos em outros mochilões pelo mundo. Ficamos dois dias em Montevidéu, caminhamos muito, mas muito mesmo. Conhecemos diversos lugares. Fomos ao estádio centenário e no museu do estádio que apesar de interessante não nos trouxe boas lembranças ao rever réplica da taça da copa de 1950 conquistada pelo Uruguai em pleno o Maracanã. Conhecemos a cidade velha, fomos ao teatro Solis, palácio Salvo, praça matriz onde encontramos a casa de câmbio com a melhor cotação, caminhamos pela Peatonal de Sarandí , fomos ao mercado do porto onde comemos uma excelente parrillada, fomos ao museu oceanográfico e ao casino carrasco. 
Porto
No verão, Montevidéu fica praticamente deserto, ao ponto de encontrar até alguns estabelecimentos fechados, neste período do ano é comum para os Uruguaios irem para as casas de praia nos locais de maior calor e muita movimentação. Montevidéu é uma cidade muito limpa, bem organizada, mas é uma cidade bastante cara, uma cerveja de um litro, por exemplo, custa aproximadamente R$15,00. 
Teatro Solis
Uma coisa que nos chamou bastante a atenção foi um aplicativo para celular que diz exatamente o horário que o transporte público vai passar naquele determinado ponto de ônibus. Seguimos para Piriápolis, uma cidade pequena e agitada no verão, as praias estavam lotadas mesmo não fazendo tanto calor e ventando muito.  A cidade fica entre Montevidéu e Punta Del Este. Subimos o Cerro San Antônio onde é possível ter uma bela vista de toda a cidade e das praias. Desfrutamos novamente da famosa parrillada, que é muito bem servido. 
Peatonal Sarandí
Em Punta Del Este, ficamos na casa da Sofia, que nos acompanhou em todos os momentos durante nossa passagem pelo Uruguai. Fomos ao famoso monumento Los Dedos, que fica na playa brava e é o cartão postal da cidade. Caminhamos bastante pelo centro de Punta Del Este que é muito agitado no verão. Conhecemos o movimentado porto que tem vários restaurantes, pubs e barraca de vendas de produtos do mar. Enquanto caminhávamos pelo porto fomos surpreendidos por um leão-marinho que estava fazendo sua refeição, comendo uma lula. 
Estádio Centenário
No centro de Punta, fomos experimentar um Chivito, que é um enorme sanduíche, típico do Uruguai, servido com batata frita. Fomos à Casapueblo, que é a antiga casa do artista uruguaio Carlos Paéz, era a casa onde ele costumava passar o verão e hoje o local é um hotel, tem um museu e uma galeria de arte. Fica localizado em Punta Ballena. De Punta Del Este retornamos a Montevidéu e seguimos para Buenos Aires pela Colônia Express. 
A passagem incluía um ônibus de Montevidéu para Colônia Del Sacramento e o barco de Colônia para Buenos Aires. 
Réplica da taça de 1950
Museu Oceanográfico
Koreano
Cerro San Antônio
Los Dedos
Audo, Flávio, Sandra, Nicole, Florência, Sofia e Julian
Casapueblo
Punta Ballena

Chivito


Casa Rosada
Em Buenos Aires ficamos no hostel América Del Sur, bem localizado no centro de Buenos Aires, no bairro San Telmo, possibilitando caminhar por algumas quadras e encontrar algumas das melhores atrações da cidade. Presenciamos um roubo no hostel, onde um indivíduo armado entrou no hostel, seguiu até o lobby onde uma Polonesa estava com seu iPad checando seus e-mails, mostrou a arma tomou o iPad e saiu correndo. 
Catedral
Foi uma situação desagradável, mas isso não tirou o conforto, atenção e o ambiente familiar que as pessoas e o hostel nos proporcionaram. Fomos muito bem recepcionados e acolhidos pelos funcionários do hostel, quartos impecáveis e um café da manhã excelente. Infelizmente, estas situações estão sujeitas a acontecer em qualquer parte do mundo. 
Puente de La Mujer
Caminhamos bastante pelo centro de Buenos Aires, fomos na Praça 25 de Maio, conhecemos a Casa Rosada, a Catedral, fomos no Obelisco e na minha opinião, o melhor lugar de todos: Zoo Lujan. Neste lugar podemos entrar na jaula de diversos animais, passar a mão e fotografar, sempre acompanhado pelos zeladores, claro. 
La Bombonera
Eu já conhecia o Zoológico pela internet e através de amigos que já visitaram, eu sempre tive vontade de conhecer. Como foi muito corrido, só deu tempo de entrar na jaula do tigre. Uma experiência fantástica. Fomos ao Puerto Madero e fomos almoçar outra parrillada, desta vez Argentina. Caminhando pelo porto, fomos até a fragata do Presidente Sarmiento, que hoje é um museu, fomos até a Puente de La Mujer e depois seguimos para o Caminito. 
Caminito
Assistimos uma aula de tango ao ar livre e seguimos para conhecer o estádio do Boca Juniors, La Bombonera, que infelizmente estava fechado para visitas. Depois de tudo isso, seguimos para El Calafate para realmente começar a expedição Fin Del Mundo. Ficamos também no América Del Sur, da mesma rede do hostel de Buenos Aires. Foi impressionante o tratamento do pessoal do hostel, nos auxiliaram praticamente em tudo, em todos os passeios, caminhadas, deslocamentos e etc. 
Perito Moreno
A primeira atração foi o Parque Nacional Los Glaciares com o belíssimo Perito Moreno. Do mirador central é possível ver a como o glaciar é imenso, um paredão de gelo de aproximadamente 60 metros de altura. Pegamos um catamarã e fomos até uma trilha que nos levou ao topo da geleira, o famoso passeio do Big Ice. Caminhamos pelo glaciar durante quase quatro horas utilizando os grampones. 
Perito Moreno
Muito frio, muito vento e um pouco de chuva lá em cima. Experiência única. No dia seguinte, partimos para El Chalten. Ficamos no hostel Aylen-Aike, do simpático, divertido e muito atencioso Sebastian. Ele nos orientou sobre todas as trilhas da cidade, fizemos duas. A primeira foi a Laguna de Los Três, aproximadamente nove horas ida e volta. 
O bom é que às 22 horas ainda era dia lá. Caminhamos aproximadamente 30km no primeiro dia de trilha com grau de dificuldade médio/difícil. Durante a trilha fomos contemplando a beleza da Patagônia Argentina, nossa primeira atração foi o glaciar Piedras Blancas. Os últimos 800 metros da trilha são praticamente uma escalada nas rochas da montanha, tivemos alguns problemas físicos, mas não desistimos e chagamos aos pés do Fitz Roy, na Laguna de Los Três, a Laguna é formada pela água do gelo derretida dos cerros. 
El Chalten
Uns 200 metros ao lado estava a Laguna Sucia, vimos apenas do alto do cerro. No retorno a El Chalten ainda passamos pela Laguna Capri. No dia seguinte, mesmo bastante cansados ainda fomos conhecer a Laguna Torre, mais 22km, aproximadamente 7 horas de caminhada. Essa foi para fechar com chave de ouro. O bom é que em El Chalten não precisa pagar para entrar no parque. 
Laguna de Los Três
Retornamos para El Calafate onde ficamos mais uma noite, fomos ao Glaciobar Branca, um bar de gelo com a temperatura ambiente a -6 graus Celsius. O tempo de permanência no bar é de 25 minutos e durante esse período é open bar, pode beber de tudo que conseguir enquanto estiver lá dentro. As bebidas são servidas em copos de gelo, muito interessante. 

Zoo de Lujan
Perito Moreno
Perito Moreno
Perito Moreno
Perito Moreno
Piedras Blancas
Laguna de Los Três
Fitz Roy
Laguna Sucia
Fitz Roy
Laguna Capri
Cerro Torre
Laguna Torre
Glaciobar
Perito Moreno
Perito Moreno
Perito Moreno
Glaciobar
Obelisco

Parque Nacional Torres del Paine
No dia seguinte partimos para Puerto Natales, no Chile. Ficamos no hostel El Patagônico e fomos recepcionados por Andrés e Mônica, os proprietários do hostel. O objetivo no Chile era ir ao Parque Nacional Torres Del Paine fazer o Circuito W, mas não estávamos aptos. Mesmo mal fisicamente devido ao esforço físico dos dias anteriores, ainda tentamos fazer a trilha até a Base de Las Torres, mas voltamos da metade do caminho devido as dores musculares e ao tempo que não daria para retornar para Puerto Natales. 
Salto Grande
Então decidimos apenas fazer um passeio chamado Full Day no parque. Passamos pelo Lago Sarmiento, Laguna Amarga, Salto Grande, Lago Pehoé e Lago Gray. Ficamos apenas uma noite no hostel El Patagônico, no dia seguinte tivemos que ir para o hostel Nancy. Não gostamos muito deste hostel. Tinha horário para cozinhar e quando chagávamos na cozinha a senhora do hostel escondia as panelas, talheres e nos informava que se a gente quisesse cozinhar, era para utilizar nossos utensílios. Nunca vi isto num hostel. 
Lago Pehoé
A sorte é que eu tinha tudo na minha mochila. Mesmo ficando em outro hostel, o Andrés e a Mônica nos auxiliaram em tudo. Nos acolheram de uma forma impressionante. Depois que deixamos o hostel El Patagônico nem a senha da porta eles cancelaram. Disseram que se precisasse de algo, éramos muito bem vindos. Estávamos indo ao hostel Nancy somente para dormir mesmo. Com os dias que ganhamos por não fazer o Circuito W, partimos para Ushuaia. 

Lago Pehoé
Lago Grey
Trilha para Base de Las Torres
Parque Nacional Torres del Paine

Bahía de Ushuaia
A cidade estava lotada, não havia hostel, hotel e nem camping. Tudo cheio. No verão chegam muitos cruzeiros em Ushuaia, e isso faz com que todos os hotéis fiquem lotados. Caminhamos por um bom tempo no centro gelado da cidade, muito vento e muito frio,  na porta dos hostels já era possível ler: “Completo ou Full”. Dormir no banco da praça naquele frio ia ser complicado. 
Isla de Los Leones
Mas com muita insistência, encontramos o hostel de La Laguna e fomos recepcionados pela Korina. Por sorte, só havia uma habitação livre, mas somente por uma noite. No dia seguinte fomos para outro hostel que também se chamava Nancy e também não era muito agradável. Mas a Korina nos garantiu que poderíamos voltar no dia seguinte, ela só precisava fazer um remanejamento de camas para nos acomodar. 
Pinguinera
Dormimos uma noite no Nancy e no dia seguinte regressamos para o hostel de La Laguna. Só quando resolvemos a situação da acomodação que fomos pensar no que fazer na cidade. Conseguimos pegar um catamarã e ir conhecer a ilha dos pássaros, ilha dos lobos marinhos, o farol e a pinguinera. Subimos o cerro Martial, estava com bastante neve. Ushuaia não foi bem aproveitada devido a instensa procura de um lugar pra ficar, ficamos três dias trocando de hostel e isso atrapalhou a programação. 
Ushuaia
Mas caminhamos muito no centro de Ushuaia, no porto e nos mercados. Comemos a última parrillada da viagem e compramos algumas coisas nas lojas de souvenir e chocolates. E na volta para casa, nosso vôo atrasou, e perdemos a conexão de Buenos Aires para Guarulhos, ficou para o dia seguinte. A Lan Airlines se prontificou e providenciou tudo para nós três e mais um casal de Joinvile, o animado Sr. Aranda e a Sra. Terezinha. Essa última noite em Buenos Aires, apenas desfrutamos uma Quilmes, para no dia seguinte regressar pra casa.


Marco 0 da Ruta 3

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